20.4.20

Madeira #2


Se no último post vos falei de todos os lugares que visitamos e que têm livre acesso, como os muitos miradouros e vilas, hoje vou falar-vos do hotel onde ficamos alojados, de algumas coisas que não podíamos deixa de comer e beber que são muito típicas na ilha e, não menos importante, vou falar-vos de como nos deslocamos nestes dias para dar a volta completa à ilha.








Pestana CR7 Funchal
Queríamos um hotel central no Funchal e este foi sem dúvida a melhor escolha. É um 4 estrelas com um design moderno e o staff, que nos recebeu com um welcome drink, foi durante toda a estadia muito atencioso connosco. As áreas sociais do hotel, como o bar, a zona de estar e a área de refeições, localizam-se no piso térreo, com acesso nas traseiras a uma esplanada com vista para a marina. Os quartos estão no primeiro piso e nós tivemos a sorte de serem virados para a marina, o que nos permitia uma vista maravilhosa da varanda do quarto para os barcos cruzeiro à noite. Por falar em vista maravilhosa, tenho de mencionar também a zona onde se encontra a piscina infinita do hotel, o rofftop localizado também no primeiro piso de onde é possível ver a mariana, toda a baixa da cidade do Funchal e zona montanhosa da ilha e o seu casario. O nascer do sol ali é deslumbrante!!







Mercado dos Lavradores
Se há coisas boas para se comer na ilha a fruta é certamente uma delas. O clima ameno e solarengo é propício à criação de fruta bem docinha, por isso o Mercado dos Lavradores é um daqueles sítios a não perder. Foi inaugurado em 1940 e tem uma arquitectura própria do Estado Novo, localiza-se no centro do Funchal e foi desenhado com o objectivo de ser o polo abastecedor da cidade. Na entrada do mercado vão encontrar as bancas de flores e frutas e a zona da peixaria ao fundo. No piso superior existem mais bancas de fruta e muitos souvenirs. Está completamente direccionado para o turismo, por isso tomem atenção aos preços!! Ainda assim, e como digo sempre, dinheiro gasto em comida boa nunca é dinheiro mal gasto, por isso não se inibam de provar o que os vendedores vos oferecerem e comprem se gostarem! Eu cá achei tudo uma delícia!







O que comer?
Penso que seja do conhecimento comum, mas se não sabem cá vai, na Madeira come-se MUITO BEM! Por esse motivo não vou indicar-vos restaurantes específicos onde comer, porque na verdade, de todos os sítios onde almoçamos ou jantamos, não houve nada que estivesse mau!
O bolo do caco é uma daquelas iguarias quase incontornáveis e frequentemente servida como entrada. Aproveitem para comer com manteiga e alho que vão adorar!!
Outra coisa que têm mesmo de provar são as espetadas de carne em pau de louro, muito típicas da freguesia de Câmara de Lobos, onde surgiram. São cubos de carne de vaca espetada em pau de loureiro que são posteriormente grelhadas. O restaurante As Vides foi o primeiro restaurante de espetadas a surgir no Estreito da Câmara de Lobos, acabando por popularizar este prato, mas vão encontra-lo em muitos outros lugares. Acompanhem com milho frito, outra iguaria típica da ilha, batata e salada!
Por fim, não deixem de provar peixe e marisco. Estando numa ilha, rodeados de mar, era de esperar que o peixe fosse rei e senhor à mesa, e não se vão arrepender se optarem por ele. Foram vários os pratos que pedimos de peixe, fomos provando uns dos outros e estava tudo de louvar aos céus!




O que beber?
E se falamos em comida temos de falar em bebida também! E nada mais típico para beber na Madeira do que a Poncha. É uma bebida alcoólica com origem no século XIX como adaptação de uma outra bebida, a "panche", trazida da Índia pelos ingleses. Popularizou-se entre os pescadores, que a usavam para se aquecerem nas noites frias antes de irem para o mar, em Câmara de Lobos, no entanto hoje é concebida e apreciada por toda a ilha. É confeccionada com rum da Madeira, mel de abelhas e uma variedade de frutos produzidos exclusivamente na região, como é o caso de laranjas e limões, individualmente ou combinados, que resultam numa harmonia de aromas. As principais receitas são três, a de maracujá, a regional e a de pescador.
Se acharem que a Poncha é demasiado para vós, aconselho-vos a provar Nikita. Não tão popular na ilha como a bebida anterior, mas para mim muito melhor!! É o resultado de uma mistura de gelado (de vários sabores), açúcar, rodelas de ananás, e uma bebida alcoólica, como o vinho branco e/ou a cerveja branca. À semelhança da Poncha, também é usado o pau de poncha para misturar todos os ingredientes, aqui até obter uma mistura cremosa. Também esta bebida é típica de Câmara de Lobos mas igualmente confeccionada em toda a ilha. Uma curiosidade, foi criada em 1985, ano em que a canção "Nikita" de Elton John estava na moda, daí o seu nome.



Como se deslocar?
Por último, mas não menos importante, quero falar-vos do nosso meio de transporte nestas férias na ilha. Decidimos inicialmente alugar dois carros de 5 lugares, éramos 8 pessoas, por isso achamos que era a melhor opção, no entanto quando fomos levantar o carro conseguimos um upgrade e foi-nos dada uma carrinha de 9 lugares. Perfeito, conseguiríamos viajar todos juntos, mas mais importante que isso foi a facilidade que esta carrinha nos conferiu para acedermos a todos os locais da ilha, coisa que talvez não fosse possível com um carro mais pequeno.
Sendo a Madeira uma ilha vulcânica, as suas estradas, embora muito evoluídas desde a nossa última visita (com todas as novas variantes e túneis), têm um declive muito mas mesmo muitooooooooo acentuado! Não tinha esta noção até nos metermos em alguns caminhos de acesso a pontos turísticos que visitamos. A carrinha que usamos tinha mudanças automáticas, o que nos facilitou muito naqueles momentos em que era necessário parar a meio de uma subida, fazer "ponto de embraiagem" e arrancar de seguida. Podem achar isto um exagero mas acreditem que não é. Há estradas que vocês vão descer, como na zona do Monte, em que cada curva parece acabar num precipício, ou então na zona de parqueamento de acesso ao Pico do Arieiro, em que os autocarros só conseguem subir de marcha atrás porque de primeira não saem do sítio... Estão a conseguir imaginar?! Posteriormente, em conversa com colegas que estiveram na ilha e usaram carros de 4 ou 5 lugares, fiquei a saber que escolher um carro potente é absolutamente necessário, eles não conseguiram subir a algumas zonas da ilha porque simplesmente o carro não respondia! Por isso já sabem, ou arranjam um carro potente ou então mais vale chamar um táxi! Ahahahahah...

1 comentário:

  1. Soube-me mesmo bem recordar a minha viagem através das tuas fotos! :) Beijinhos
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Big kiss.*Jo