22.2.21

Ando a ler #1



Os segredos que o nosso corpo revela Alexandre Monteiro


Tinha este livro para ler há meses e confesso que fui adiando porque estava até com medo do que ia aprender com ele. Não sei qual é o vosso primeiro pensamento quando alguém vos pergunta que habilidade gostariam de ter. Muitas pessoas imaginam logo como seria conseguir voar, outras ter o manto da invisibilidade e infiltrar-se onde quer que fosse sem que ninguém visse, qual Harry Potter desta vida, mas nenhum destes desejos me parece tão aliciante como saber ler a mente de alguém, saber o que aquela pessoa está a pensar verdadeiramente, em determinado momento, independentemente do que ela fala. Este livro dá-nos isso. Porque comunicamos essencialmente com linguagem verbal, mas a linguagem corporal, que tantas vezes desvalorizamos, diz muito mais do que a nossa boca. Porque aprendemos ao longo dos anos a controlar o que falamos, mas nunca ninguém nos ensinou a controlar os nossos gestões, expressões faciais, ações, e todos estes, bem mais verdadeiros e autênticos, acabam por deixar passar a verdadeira mensagem, pensamentos, emoções e sentimentos que nos vão cá dentro, mesmo quando a boca diz o contrário. Ter noção destes gestos e expressões é o primeiro passo para entender melhor os outros, e conseguir o controlo dos mesmos é a melhor maneira de sermos eficazes na mensagem que queremos passar quando comunicamos com alguém, porque todas estas expressões são entendidas pela pessoa com quem comunicamos, mesmo que de forma inconsciente. Este livro está cheio de dicas úteis que nos podem ajudar em entrevistas de emprego, relações pessoais, negócios, entre outros, tudo com base na linguagem corporal, não verbal. É um daqueles livros para ler, interiorizar, voltar a ler, até entender tudo verdadeiramente. Está cheio de informação, e confesso que é difícil assimilar toda (daí achar que deve ser lido e relido), no entanto dou por mim a analisar já muitas expressões faciais, mesmo nos programas de tv, e amigos, há coisas que já não me escapam de todo!!! Por isso escusam de me tentar ludibriar, porque eu vou apanhar-vos! Ahahahahahahah!! Se depois disto não vos consegui convencer a ler o livro, olhem, nem sabem o que estão a perder!

I had this book to read for months and I confess that I kept putting it off because I was even afraid of what I was going to learn from it. I don't know what's your first thought when someone asks you what skill you would like to have. Many people immediately imagine what it would be like to be able to fly, others to have the cloak of invisibility and infiltrate wherever they went without anyone seeing, like Harry Potter, but none of these wishes seems as enticing as knowing how to read someone's mind, to know what that person is truly thinking, at any given moment, regardless of what they say. This book gives us that. Because we communicate essentially with verbal language, but the body language, which we so often devalue, says much more than our mouth. Because we have learned over the years to control what we say, but nobody has ever taught us to control our gestures, facial expressions, actions, and all of these, much more true and authentic, end up letting go of the true message, thoughts, emotions and feelings that go inside us, even when the mouth says otherwise. Being aware of these gestures and expressions is the first step to better understanding others, and getting control of them is the best way to be effective in the message we want to get across when communicating with someone, because all these expressions are understood by the person with whom we communicate, even if unconsciously. This book is full of useful tips that can help us with job interviews, personal relationships, business, among others, all based on body language, not verbal. It's one of those books to read, internalize, read again, until you really understand everything. It's full of information, and I confess that it's difficult to assimilate everything (hence I think it should be read and reread), however I find myself already analyzing many facial expressions, even on TV programs, and friends, there are things that I can understand now!!! So, don't try to deceive me, because I'm going to catch you! Ahahahahahahah!! If after that I couldn't convince you to read the book, look, you don't even know what you're missing!

10.2.21

Lista do mês #5

 




1. filme.film TOC TOC | 2. série.serie The Crown | 3. podcast Money Bar | 4. documentário.documentary The Game Changers | 5. série.serie Peaky Blinders


Mais uma lista do mês!! E desta vez, tendo em conta o momento que atravessamos, o novo confinamento geral, decidi escolher apenas filmes, séries, documentários e podcasts. Porque o tempo em casa é novamente muito mais que o desejável, e porque é uma boa maneira de o irmos ocupando. Assim sendo, seguem aqui algumas sugestões, prometo que não dou spoiler!

1 - É um filme de 2017 mas com um tema bem atual. É certo e sabido que a pandemia veio evidenciar ainda mais as doenças de foro psicológico, que a falta de interação social e o isolamento forçado podem aumentar a ansiedade, a depressão, e até mesmo os transtornos obsessivos compulsivos, se pensarmos numa fase inicial da pandemia, em que desinfetamos as mãos depois de tocar em qualquer coisa que fosse, fica fácil entender que não é assim tão distante vermo-nos reféns de um TOC. Eu sou assumidamente mesquinha em determinados assuntos, arrumações principalmente, tenho as minhas manias vá. Costumo brincar e digo até que são os meus TOCS, não deixo de viver por causa disso nem acho que seja verdadeiramente uma patologia, mas é assim que os encaro, descomplicadamente. Por isso acabei por me rever neste filme, que de uma forma divertida e sem tabus retrata vários transtornos e como os intervenientes lidam com os mesmos e os superam. É acima de tudo uma comédia, mas que ajuda a descomplicar este tipo de doenças. Gostei muito.

2 - Gosto de séries e filmes que tenham um quê de veracidade, porque mais do que puro entretenimento nos permitem ficar a saber alguma coisa nova, aprendemos sempre algo mais, por isso sabia que ia amar esta série. Confesso que nunca fui muito fã da família real britânica, mas comecei a gostar bem mais depois de assistir a esta maravilha da Netflix. A mesma retrata o reinado da Rainha Elizabeth II ao longo dos anos, desde que ela era bem nova, até à atualidade, quase, não esquecendo os dramas familiares, momentos altos e baixos da sua "governação", crises e disputas com os primeiros ministros do momento, enfim, está tudo lá. Confesso que adorei, tanto a caracterização, como a fotografia, a banda sonora, tudo!! Gostei tanto que já quero mais temporadas, yes, please!

3 - É de longe o meu podcast preferido e aquele que mais vezes recomendei a amigos e gente próxima. E porquê? Porque consigo aprender sempre mais e porque é um tema que, a meu ver, devia ser bem mais explorado, quer na escola mesmo, quer na vida em geral. A Bárbara Barroso é especialista em finanças pessoais e nos vários episódios aborda temas relacionados com dinheiro, sempre de uma forma descomplicada e bem humorada. Vão poder ouvi-la falar de fundo de emergência, guias para investimento, perfis de investidor, planos poupança reforma, entre muitos outros temas, sempre com vista ajudar-nos a usar melhor o nosso dinheiro. Porque é certo e sabido que o dinheiro não trás felicidade, mas pode ajudar muito, e isso é quase a mesma coisa!!

4 - É um documentário polémico e com muitas críticas negativas, mas devo confessar-vos que adorei. Fala essencialmente dos benefícios de uma alimentação vegan, proteína e força, e como essa alimentação pode perfeitamente adequar-se a qualquer pessoa, até a atletas de alta competição. Basicamente vem desmistificar aquela ideia de que para termos muito músculo e força precisamos de carne e peixe todos os dias. Tenho algumas pessoas próximas que têm uma alimentação predominantemente vegetariana, e sigo muitas pessoas pelas redes sociais que defendem este tipo de alimentação. Costumo dizer que como carne e peixe por conveniência, porque é muito fácil chegar à prateleira de um supermercado e agarrar num pedaço de bife ou atum, mas tenho plena consciência que se dependesse de mim ter de matar um animal para me alimentar eu não o faria. Sei que a maioria de nós foi assim educado, a ter carne e peixe na nossa dieta, e se forem como eu até convivem de perto com criação de animais para consumo (galinhas, patos, coelhos, porcos, enfim...), mas eu adoro legumes e vegetais na verdade, e passo bem sem carne e peixe. Se este documentário nos servir para questionar alguns hábitos já acho positivo. Cá em casa temos feito mais refeições vegan e vegetarianas e garanto-vos que passamos bem e até temos sido mais criativos!

5 - Mais uma série, também britânica, e mais uma história inspirada em factos reais. Retrata o dia-à-dia de uma família gangster, da etnia cigana, que viveu e controlou Birmingham no pós Segunda Guerra Mundial. A história criada por Steven Knight relata os dramas, os negócios ilegais e todos os esquemas dos integrantes da família Shelby, que são conhecidos por usar fatos e boinas onde coziam lâminas de navalhas que usavam como arma. Tudo isto sem deixar de parte as mulheres da família, que na verdade têm até um papel relevante tendo em conta a época retratada, onde muitas vezes eram menosprezadas. São-nos apresentadas como inspiradores, poderosas, determinadas e além disso protagonizam muitos dos momentos mais românticos da série. AMEI!



Another list of the month !! And this time, taking into account the moment we are going through, the new general confinement, I decided to choose only films, series, documentaries and podcasts. Because time at home is again much more than desirable, and because it's a good way to spend it. So, following some suggestions here, I promise I don't give spoilers!

1 - It's a 2017 film but with a very current theme. It's certain and known that this pandemic has come to show even more the existence of diseases of a psychological nature, that the lack of social interaction and forced isolation can increase anxiety, depression, and even obsessive compulsive disorders, if we think about an early stage of the pandemic, in which we disinfect our hands after touching anything, it's easy to understand that it isn't dificult to be held hostage by an OCD. I'm admittedly petty in certain matters, mostly housekeeping, I have my quirks go. I usually joke and I even say that they are my TOCS, I don't stop living because of that, nor do I think it's a pathology, but that's how I look at them, without complications. That's why I ended up finding myself in this film, which in a fun way and without taboos portrays various disorders and how the authors deal with them and overcome them. It's above all a comedy, but it helps to make this type of disease uncomplicated. Really enjoyed.

2 - I like series and films that have a certain veracity, because more than pure entertainment allows us to learn something new, we always learn something more, so I knew I would love this serie. I confess that I was never ben a big fan of the British royal family, but I have to admit I enjoy it much more after watching this wonder of netflix. The same portrays the reign of Queen Elizabeth II over the years, since she was very young, until today, almost, not forgetting the family dramas, high and low moments of her "governance", crises and disputes with the first ministries of the moment , everything is there. I confess I loved it, both the characterization, as the photograph, the soundtrack, everything!! I liked it so much that I already want more seasons, yes, please!

3 - It's by far my favorite podcast and the one I most often recommended to friends and close people. And because? Because I also can always learn more and because it's a topic that, in my opinion, should be much more explored, both at school and in life in general. Bárbara Barroso is a specialist in personal finance and in the various episodes she addresses money-related issues, always in an uncomplicated and humorous way. You will be able to hear her talk about the emergency fund, investment guides, investor profiles, retirement savings plans, among many other topics, always with a view to helping us to better use our money. Because it's certain and known that money doesn't bring happiness, but it can help a lot, and that is almost the same thing!!

4 - It's a controversial documentary with a lot of negative reviews, but I must confess to you that I loved it. It speaks about the benefits of a vegan diet, protein and strength, and how this diet can perfectly suit anyone, even high-level athletes. Basically it demystifies that idea that in order to have a lot of muscle and strength we need meat and fish every day. I have some close people who have a predominantly vegetarian diet, and many people on social media who advocate this type of food. I usually say that I eat meat and fish for convenience, because it's very easy to reach the shelf of a supermarket and grab a piece of steak or tuna, but I'm fully aware that if it depends on me having to kill an animal to feed myself I wouldn't do it. I know that most of us were educated like this, to have meat and fish in our diet, and I also live closely with raising animals for consumption (chickens, ducks, rabbits, pigs, anyway...), but I love legumes and vegetables actually, and I do well without meat and fish. If this documentary serves us to question some habits, I think it's positive. Here at home we have made more vegan and vegetarian meals and I assure you that we had a good time and we have even been more creative!

5 - Another serie, also british, and another story inspired by real events. It depicts the day-to-day life of a gangster family, of gipsy ethnicity, who lived and controlled Birmingham after the Second World War. The story created by Steven Knight recounts the dramas, illegal businesses and all schemes of the members of the Shelby family, who are known for wearing suits and berets where they used razor blades to use as a weapon. All of this without leaving aside the women of the family, who in fact even have a relevant role if we consider the time portrayed, where they were often overlooked. They are presented to us as inspiring, powerful, determined and in addition to many of the most romantic moments in the serie. LOVED IT!

3.2.21

Black again



Há coisas que não mudam. Passem os anos que passarem, faça chuva ou faça sol, não vou conseguir deixar de gostar de looks all black. E nem de propósito, o look all black que mostrei aqui antes deste foi fotografado neste preciso local. O cabelo levou um valente corte, eu tinha vindo de férias e estava bronzeada, estava sol e calor naquele dia e desta vez não, aliás, esteve o dia quase todo sem chover, e quando tive tempo para fotografar começou a cair aquela chuvinha chata que dói, a chuvinha “molha tolos”, como se costuma dizer. E que tola que eu sou, pôr-me ali ao tempo, sujeita a ficar doente, tudo para fotografar o look do dia, ahahahahah, prioridades!! Mas já tinha combinado, e os compromissos são para manter, e além do mais, estando em casa 6 dias por semana e passando a maioria do tempo vestida de fato de treino, pijama ou roupa de desporto, há que aproveitar quando me visto em bom! E isto leva-me a outras duas questões que me têm ocorrido com tanta frequência agora. A primeira faz lembrar aquele meme do “I love it, I could’t wear it”. Quanta roupa temos nós no armário que não usamos? Se na correria do dia-a-dia já nos esquecemos de tantas peças que temos, agora não é diferente. Não sendo a azáfama diária o motivo do esquecimento, acabamos por não usar boa parte da roupa porque na verdade nem vamos sair à rua. E sim, gosto de ver-vos lindos e arranjados nas redes sociais, mas para mim ainda não faz sentido escolher os jeans para estar em casa quando um moletom é bem mais confortável. Chateia-me abrir o armário e ter ali tanta roupa linda e maravilhosa, mas parada. Ainda assim não consigo controlar o meu impulso consumista quando abro sites com vendas online. “I’m bored in the house, and I’m in the house bored”? Sim, provavelmente é essa a justificação… Comprei mais do que devia nestes saldos, melhor, mais do que estava a pensar inicialmente, mas foram tudo escolhas conscientes, porque cada vez mais questiono e comprometo-me que se compro, vou vestir até à exaustão! Se não salta fora! E isto leva-me já á segunda questão. Se comecei este texto por dizer que há coisas que não mudam, esta não é certamente uma dessas coisas, e ainda bem! Tenho visto, desde o início da pandemia, um aumento louco do consumo de luxo em segunda mão. Se isto servir para alavancar o mercado de compra/venda de roupa em segunda mão no geral, tenho a dizer-vos que acho MARAVILHOSO. Na verdade isto não é novidade nenhuma se pensarmos em outro tipo de produtos, como carros, apartamentos e móveis até, faltava só que deixasse de ser preconceito na moda, mas parece que caminhamos para lá. Não me faz confusão, de todo, usar coisas “pre-loved”. Isto é mais um daqueles termos bonitos usados no meio para nos convencer a comprar algo usado. Quase a mesma coisa que chamar “pele vegan” à polipele, que não deixa de ser plástico e ponto. Ainda assim, mesmo não nos deixando enganar por termos mais simpáticos, se isso nos fizer menos confusão no momento da compra, siga em frente! Adoro toda esta economia circular que tem vindo a crescer. Quer seja por questões ambientais, monetárias ou meramente ideológicas. Cada um sabe de si e tem os seus motivos, mas eu adoro. Na verdade tenho um carro usado, moro numa casa usada, uso um telemóvel usado, até as camas de hotel onde me deito foram usadas antes de eu me deitar nelas, assim como o garfo que me leva a comida à boca em qualquer restaurante in já alimentou muitas outras bocas além sa minha! E se virmos bem as coisas, até nós já fomos "propriedade” de outras pessoas antes, ou querem fazer-me acreditar que nunca tiveram outros companheiros amorosos além dos atuais?! Hummm, conseguem entender onde quero chegar? Acho que é desta que pego na roupa que quero vender e a fotografo de vez!!!

There are things that don't change. For more years that pass, rain or shine, I'll not be able to stop liking all black looks. And not even on purpose, the all black look I showed here before this one was photographed in this precise location. My hair took a brave cut, I had come from vacation and I was tanned, it was sunny and hot that day and this time no, by the way, it was almost all day without rain, and when I had time to photograph that boring rain started to fall. The rain “wets fools”, as they say. And what a fool I am, putting myself there at the time, subject to getting sick, all to photograph the look of the day, ahahahahah, priorities!! But I had already agreed, and the commitments are to keep, and besides it, being at home 6 days a week and spending most of the time dressed in tracksuits, pajamas or sports clothes, I have to take advantage when I was dressed up! This leads me to two other questions that have occurred to me so often now. The first is reminds me of that “I love it, I could’t wear it” meme. How much clothes do we have in the closet that we don't use? If in the day-to-day rush we have already forgotten so many pieces we have, now it's no different. As the daily bustle is not the reason for forgetting, we end up not wearing much of the clothes because in fact we are not even going out home. And yes, I like to see you beautiful and arranged on social media, but for me it still doesn't make sense to choose jeans to be at home when a sweatshirt is much more comfortable. It bothers me to open the closet and have so many beautiful and wonderful clothes there, but unused. Still, I can't control my consumer drive when I open websites with online sales. "I'm bored in the house, and I'm in the house bored"? Yes, that's probably the reason... I bought more than I should in these balances, better, more than I was initially thinking, but it was all conscious choices, because more and more I question and commit that if I buy, I will wear it to exhaustion! If don't it have to jump out! This brings me to the second question. If I started this text by saying that there are things that don't change, this is certainly not one of those things, and thankfully! I have seen, since the beginning of the pandemic, a crazy increase in second-hand luxury consumption. If this serves to leverage the market for buying/selling second-hand clothing in general, I have to tell you that I find it WONDERFUL. In fact, this is nothing new if we think in other types of products, such as cars, apartments and even furniture, it just needed to stop being prejudice in fashion, but it seems that we are going there. It doesn't make me confused at all to use “pre-loved” things. This is another one of those beautiful terms used in the middle to convince us to buy something used. Almost the same thing as calling the skin “vegan skin”, which is still plastic. Still, even if we are not fooled by more friendly terms, if it makes us less confused at the time of purchase, go ahead! I love all this circular economy that has been growing. Whether for environmental, monetary or purely ideological reasons. Everyone knows about themselves and has their reasons, but I love it. I actually have a used car, I live in a used house, I use a used cell phone, even the hotel beds where I lay down were used before I lay on them, as well as the fork that brings food to my mouth in any great restaurant, also fed many other mouths besides mine! And if we look at things well, even we have been "owned" by other people before, or do you want to make me believe that you never had any other loving companions besides the current ones?! Hmmm, can you understand where I want to go? I thnink it's now that I pick the clothes I want to sell and photograph it!!!










camisola.knitwear Cortefiel | blazer Zara | saia.skirt Stradivarius | meias.tights Calzedonia | botas.boots Steve Madden | mala.bag Primark